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Com a Economia Africana em franca expansão, demonstrada pelas altas taxas de crescimento do PIB em vários países, existem cada vez mais oportunidades de negócio nos mais variados setores de atividade, na maioria dos países com grandes necessidades.
Durante vários anos, o continente africano foi explorado essencialmente pela sua riqueza em petróleo e minerais, o que fazia com que grande parte da entrada do capital se baseasse nessa indústria, contudo os tempos mudaram.
De 2005 a 2011, a indústria de extração e petrolífera na região foram responsáveis ??por mais da metade do investimento em apenas um ano - mas o inverso foi verdadeiro nos sete anos seguintes (terminando em 2018, o ano mais recente para o qual dados completos e finais estão disponíveis).
Em 2020, a África atraiu menos capital de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) e o nível de investimento por projeto também caiu. Isso reflete o afastamento dos investimentos do setor extrativo, que normalmente são os mais intensivos em capital. Contudo este decréscimo não conta a história toda: outras oportunidades estão a desenvolver-se nos setores fora das indústrias extrativas tradicionais.
A utilização da tecnologia em África está em alta. O mercado dos smartphones é um dos mais poderosos impulsionadores de investimento. Em 12 anos a taxa de utilização de telemóveis aumentou 2500%. Hoje em dia existem cerca de 1bilhão de smartphones em utilização só no continente africano. A empresa M-Pesa queniana é um exemplo de quem está a aproveitar esta ascensão do setor tecnológico. É uma aplicação para efetuar transações bancárias. Hoje em dia é utilizada para efetuar qualquer tipo de pagamento e até solicitar dinheiro a outros (uma espécie de MBway). Com esta aplicação, várias famílias rurais conseguiram aumentar os seus rendimentos entre 5% a 30%. Os desafios da Economia Digital geram enormes oportunidades de investimento e negócio estrangeiro.
A produção industrial de África tem crescido acima da média mundial, mas esse ritmo precisa de ganhar ainda mais velocidade. Com o novo acordo comercial a inaugurar um mercado de pelo menos 3 biliões de dólares e uma base de consumidores de mais de 1,3 milhão de pessoas, a indústria africana deverá duplicar o seu peso até 2025 e criar milhões de empregos.
Atualmente temos muitas empresas portuguesas, de vários segmento da indústria, presentes no mercado africano, como é o caso da Salsa, Neuce Group, KYAIA, entre outros. Empresas essas com crescimento significativo e com várias lojas/armazéns espalhadas pelo continente.
A ideia generalizada da internacionalização de uma empresa para o mercado africano, pensa-se instantaneamente no setor da construção e engenharia. Efetivamente é um mercado em constante crescimento no continente, pois falamos de uma zona com poucos acessos e falta de infraestruturas.
O investimento dos países neste setor é abrupto, pois a necessidade é grande.
Hoje em dia, a presença de empresas portuguesas neste setor é enorme. Alguns dos casos são:
Os investimentos nas energias renováveis em África são muito importantes: por um lado, por causa da procura crescente e por outro, porque o acesso à energia (em particular a proveniente de fontes renováveis) é um elemento crucial para dar um impulso definitivo a um desenvolvimento económico sustentado. Com efeito, para sustentar uma crescente industrialização, é obrigatório aumentar a produção de energia (preferencialmente renováveis) e melhorar significativamente a infraestrutura de transporte de energia e a eficiência energética.
O relatório lançado em 2020 pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), revelou que a África Subsaariana poderia gerar 67 por cento da sua energia através de fontes de energia renováveis ??limpas e endógenas até 2030. Uma análise mais aprofundada mostra que a transição energética aumentaria o PIB, melhoraria o bem-estar e estimularia até 2 milhões de empregos verdes adicionais na África Subsaariana até 2050.
Recentemente, a União Europeia informou que será efetuado um financiamento a fundo perdido de 30 mil milhões de euros para a África Subsaariana e que terá uma componente muito significativa nas energias renováveis.
O novo ciclo de financiamento da UE, até 2027, deverá financiar uma parceria que fomente a transição energética, afastando a produção africana dos combustíveis mais poluentes e fomentando as oportunidades mais “amigas do ambiente”.
Atualmente temos conhecimento de uma empresa portuguesa presente no mercado das energias renováveis em África- a Resul.
A base económica de África é sustentada pela agricultura e indústria extrativa, havendo dois tipos de agricultura: a agricultura comercial e a agricultura de subsistência.
A agricultura comercial e a indústria extrativa atendem essencialmente as exportações e são, normalmente, a fonte de receita para o PIB em vários países africanos.
Já a agricultura de subsistência é desenvolvida por 70% da população e as mulheres representam 60% da força de trabalho. Apenas um quinto das trabalhadoras do campo são donas das próprias terras.
Ainda assim, o continente africano paga anualmente 45 mil milhões de dólares só em importações alimentares, quando o continente tem 60% de terra arável para produzir para África e para o mundo. Os países africanos devem aproveitar esta vantagem, e já se podem identificar vários investimentos de peso no setor agrícola por parte de grupos franceses, ingleses e holandeses.
A Galucho, uma empresa portuguesa de máquinas agrícolas, está presente no mercado africano desde 1974. Entre 1960 e 1970 criou propositadamente uma gama de máquinas, para responder às necessidades dos agricultores nas ex-colónias portuguesas em África, especialmente em Angola e Moçambique.
Com toda esta informação que temos para si, a sua empresa teria interesse em explorar o mercado africano?
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Fontes:
Banco Portugal | Supertoast | Nações Unidas | World bank | Euro News